Numa entrevista concedida ao jornal Nova Gazeta, recentemente, Manuel Gonçalves, director da Praça da Independência, considerou que os rappers são indisciplinados, tendo feito várias outras críticas contra a classe dos músicos no geral, uma vez que estes dificilmente cumprem horários e apresentam relatórios realistas sobre as suas vendas.
No que toca à pontualidade, o director da Praça da Independência aponta como estratégia dos músicos chegar tarde ao local para encontrarem filas enormes, dando a entender que existe enchentes, e vai mais longe ao dizer que deles "têm medo de bater na rocha".
Quando o assunto é disciplina, Manuel Gonçalves diz que "os rappers são indisciplinados" e em seguida lembra que no caso da Força Suprema, bastava o Prodígio ir autografar em vez de trazer o grupo todo. Ainda na senda Prodígio, o responsável duvida que na segunda passagem pela praça o rapper tenha esgotado os discos, pois acredita que os promotores do estilo (rap) não são sérios ao darem informações sobre as vendas.
Em comparação ao cantor Matias Damásio, o director realça que "apenas uma pessoa compra dois a três discos porque as músicas têm sustentabilidade, ao passo que no Prodígio, alguns foram tirar fotos e apreciar".
Em virtude das declarações de Manuel Gonçalves, o rapper Kid MC é de opinião que os artistas de hip-hop não lutam para impressionar, " mas para se expandirem e atingir várias camadas sociais". Também o rapper Francis, do Elenco de Luxo é de opinião que se todos fazem parte da obra não há problemas". Já o rapper Sixckim partilha a mesma opinião que o Director e acrescenta que "os rappers novos adoptaram uma atitude de jovens rebeldes que querem obter protagonismo fácil e rápido, imitando os rappers de guetos no E.U.A, sem ética social".
Entretanto, Manuel Gonçalves avançou que serão definidas regras rigorosas para as próximas vendas e para acabar com as especulações vão ser criados mecanismos rigorosos para saber o número de CDs comercializados.
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