Conhecida por raramente falar à imprensa, a empresária angolana Isabel dos Santos, de 42 anos, deu uma entrevista ao Wall Street Journal.
Diz que não depende de financiamentos públicos e nega a influência do pai, o presidente angolano José Eduardo dos Santos, no seu sucesso empresarial. Aliás, diz que raramente o vê: "Ele tem uma vida muito ocupada e eu tenho uma vida muito ocupada", justifica. Descrita pelo jornal americano como "a mulher mais rica de África", o WSJ conta que Isabel dos Santos está a ser investigada pela União Europeia.
Na sequência do investimento de 200 milhões de euros na EFACEC, os reguladores querem saber se Isabel dos Santos aplicou dinheiro público do petróleo angolano nessa compra. Algo que a empresária nega perentoriamente. "Não sou financiada por qualquer dinheiro do Estado ou fundos públicos. Não faço isso".
E defendeu, mais uma vez, o seu percurso: "Sempre fui tremendamente independente. Sempre quis destacar-me sozinha e nunca ficar na sombra dos meus pais", diz.
O jornal conta que a fortuna pessoa de Isabel do Santos decresceu nos últimos anos, por causa da desvalorização da moeda angolana e pela baixa do valor das ações do BPI - do qual Santos detém 18,6% do capital. O artigo explica a desconfianças suscitadas no Parlamento Europeu acerca da origem da sua fortuna e cita rivais no negócio das telecomunicações em Angola que a acusam de conseguir fazer as coisas "de forma mais rápida e eficiente" por ser filha do Presidente.
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